A inteligência artificial é uma das maiores inovações tecnológicas dos últimos tempos e tem transformado diversos setores da economia, desde a indústria até os serviços financeiros, de saúde e de varejo. E o chat GPT é uma das mais recentes aplicações dessa tecnologia, que tem como principal objetivo ampliar a capacidade de reflexão humana.

Mas será que você, executivo, empreendedor, intraempreendedor, empresário e sua empresa estão preparados para se adaptar a essa nova tecnologia?

Entre tantas inovações, tecnologia e cultura, um destaque.

Nos últimos dias estive no SXSW 2023, um evento gigantesco com foco em inovação, tecnologia e cultura e também um dos mais importantes do mundo e que acontece anualmente em Austin, no Texas. Neste evento tive a oportunidade de assistir palestras incríveis com diversas personalidades do mundo dos negócios, que compartilharam suas experiências, visão, inovações e conhecimentos. Uma experiência fora do comum!

E diante de tantas novidades, venho compartilhar com vocês para refletirmos juntos, o assunto do evento que acredito ter sido um dos que mais chamaram a minha atenção. A inteligência artificial Chat GPT veio para amplificar o potencial da inteligência artificial para exponencializar as oportunidades e as capacidades de reflexão humana.

Amigo ou Inimigo?

De acordo com o fundador do Chat GPT, Greg Brockman, que também participou como palestrante no evento, a aplicação da inteligência artificial no sistema não tem a intenção de substituir empregos, pelo contrário, visa ampliar as capacidades humanas. O ser humano é um indivíduo altamente adaptável e, ao contar com as ferramentas adequadas, é capaz de alavancar, exponenciar e, portanto, amplificar conhecimentos, produtividade, inteligência e reflexões. Durante a palestra, Brockman utilizou a palavra "amplify" (amplificar, em tradução livre), diversas vezes, reforçando a ideia central de sua mensagem.

O foco do discurso de Greg Brockman estava voltado para os benefícios que a inteligência artificial pode proporcionar, deixando de lado as possíveis ameaças e riscos que ela pode trazer consigo. Já a futurista Amy Webb, por sua vez, alertou para a necessidade de um uso cauteloso da inteligência artificial, visto que essa é uma ferramenta muito poderosa e ainda desconhecida em sua totalidade. A ética também é um fator fundamental, pois apesar de trazer oportunidades de negócios, a IA também pode trazer riscos à humanidade, exigindo uma mudança de comportamento.

De acordo com Webb, a revolução da inteligência artificial afetará todos os aspectos da vida humana, o que ela chama de "AISMOSIS" (AI + OSMOSIS). Ela afirma que todas as AIs interagem com todos os dados, de qualquer fonte e em qualquer situação, o que levará à transformação da internet em algo completamente novo.

 

Um olhar para o futuro

As empresas podem aproveitar a inteligência artificial de diversas maneiras, tais como estabelecer conexões inteligentes com os clientes através de bots mais humanizados e contextualizados, aumentar a produtividade interna e contribuir para a criação e cocriação de comunicações massificadas ou personalizadas. Trata-se de uma tecnologia extremamente avançada e revolucionária.

No entanto, a questão que se impõe é se as empresas estão preparadas para se adaptar a essa nova ferramenta. Pensando bem, é provável que as lideranças e as áreas de produtos das organizações precisem considerar essa possibilidade.

Christian Vincent

Sobre o autor

Christian Vincent é engenheiro formado pela UFRJ, com mestrado em administração pela Puc-Rio e curso de extensão em Business na Kellogg School of Management. Possui um mix de experiências, desde executivo de grandes empresas a fundador de startup. Ao longo de sua carreira passou por grandes empresas do segmento de pagamentos e bancos como Fininvest, Itau-Unibanco, Cetelem, Firstdata, Tribanco, Neurotech e, ao longo dessa trajetória, desenvolveu fortemente a relação com os principais varejistas do país. Foi o fundador da startup IZIO que criou em 2014 e vendeu para o fundo Hindiana em 2022.