Vivemos em uma era em que a sustentabilidade é prioridade. Nesse contexto, muitos conceitos surgem e se destacam no mercado.

É sobre um desses conceitos que vamos tratar neste artigo, o chamado Environmental, Social e Governance. Continue lendo este post e entenda o que é ESG, sua importância e a relação dele com o varejo.

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O que é ESG?

Começaremos explicando o que é ESG. Trata-se de uma sigla para três palavras: Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança). No Brasil, também chamamos ASG.

A ONU foi quem criou a sigla enquanto era realizado um evento com instituições financeiras de todo o mundo. A finalidade é determinar atos e critérios para resolver problemas que envolvem esses três aspectos.

No relatório gerado a partir do evento, lançaram-se as bases para as ações ESG, além de serem definidas as metas e objetivos que toda empresa deve atingir, sendo elas:

  • construção de mercados financeiros consolidados e resilientes;
  • compreensão dos impactos nos interessados (stakeholders);
  • contribuição para o desenvolvimento sustentável da sociedade;
  • melhoria da confiança do mercado nas instituições financeiras.

O que significa cada letra?

Após ter entendido a definição do termo ESG, vejamos o significado de cada palavra:

  • ambiental ou environmental: se relaciona às práticas da organização destinadas ao meio ambiente, considerando assuntos como emissão de gases poluentes, aquecimento global, poluição da água e do ar, gerenciamento de resíduos, desmatamento, biodiversidade, eficiência energética e assim por diante;
  • social: refere-se à responsabilidade social e ao impacto das ações das empresas a favor da comunidade, considerando as leis trabalhistas e os direitos humanos, segurança do trabalho, salário justo, diversidade de raça, gênero, credo, etnia, privacidade e proteção de dados, investimento social, satisfação dos clientes, relacionamento com a comunidade local e outras coisas;
  • governança ou governance: se refere a processos, políticas, orientações e estratégias de administração empresarial. Aqui é considerado o comportamento corporativo, práticas anticorrupção, formação do conselho, auditorias externas / internas, presença de canais de denúncia a respeito de assédio, corrupção e discriminação, respeito a direitos de fornecedores, consumidores e investidores, salários dos executivos, transparência de dados e assim por diante.

Quais marcas ainda não aplicam ESG?

Apesar da importância do conceito, ainda existem marcas que não adotam práticas referentes ao ESG. Algumas apenas aparentam ser sustentáveis, mas não estão efetivamente engajadas com o tema — essas empresas incorporam os conceitos chamados  greenwashing e rainbow wash.

Mas isso é ruim para a imagem da marca. Os consumidores acabam identificando essa “camuflagem” e deixam de valorizá-la. Os investidores, por sua vez, também acabam deixando de investir nessas organizações.

Vejamos algumas empresas que ainda se encontram deficientes na aplicação de ESG. A Sustainalytics, que realiza classificações de risco em relação aos aspectos ambientais, sociais e de governança, avaliou a Vale do Rio Doce como uma empresa de alto risco. De acordo com a análise, a nota da Vale é de 39,1 (a partir da nota 40, o risco se torna severo). Mas, desde a tragédia de Brumadinho, a mesma vem mudando suas estratégias para contornar esse cenário.

A Braskem é outro exemplo. Ela apresenta um desempenho bom no mercado de capitais, mas é alvo de questionamentos socioambientais, principalmente depois que a exploração de sal-gema em Maceió, em 2018, causou afundamento de terrenos em alguns locais — uma tragédia ambiental que afetou aproximadamente 57 mil pessoas.

Aspectos de governança também são falhos na empresa. Conforme o ranking da MSCI, a Braskem tem avaliação B, o segundo pior nível, logo depois de CCC.

A JBS, multinacional que atua no segmento de alimentação, recebeu nota de 48,9 pela Sustainalytics e classificação CCC pela MSCI.

Qual a relação do ESG com o varejo e quais seus benefícios?

Agora que já foi entendido a importância das práticas ESG no negócio, podemos destacar os benefícios da ESG para o varejo inteligente, de acordo com cada termo:

  • ambiental: ações ecofriendly, como redução no uso de papel, consumo consciente de energia e água, reciclagem na rede lojas, produção / embalagem / frete sustentáveis, campanhas e ações sociais, selo de sustentabilidade;
  • social: valorização de um negócio que prioriza tanto o bem-estar dos funcionários, quanto o de seus clientes;
  • governança: definição de um propósito, com missão, valores e visão sólidas para a empresa, com a finalidade de fazer a diferença na sociedade.

Todos esses fatores reunidos contribuem para a valorização da imagem do varejo, já que para o público — que está cada vez mais engajado com essas questões — o seu comércio, a partir das práticas ESG, estará alinhado às preocupações atuais.

Como vimos, neste artigo entendemos o que é ESG e quais são os benefícios que ele oferece para o varejo. A prática faz parte de uma boa gestão administrativa, envolvendo, inclusive, a gestão de clientes. O bom gestor precisa considerar o meio ambiente, a sociedade e a governança para se manter competitiva, em bom relacionamento com o público e com o governo.

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